quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Grandes epidemias e doenças sempre marcaram a história humana.

 

As piores epidemias da história

 Subitamente, diferentes sociedades, ao longo do tempo, foram colocadas sob situação de pânico e estresse quando uma doença desconhecida (ou até mesmo conhecida, mas que não havia cura) manifestou-se e levou milhares à morte.

Nesses momentos, as pessoas agarram-se a todas as chances de sobrevivência. Os relatos, em diferentes circunstâncias, contam sobre pessoas que fugiram para sobreviver, enquanto outras apelavam à religião, por exemplo. Estudar as doenças que surgiram ao longo do tempo também faz parte da história, e, neste texto, veremos alguns exemplos de grandes epidemias e pandemias que devastaram partes do planeta.

Praga de Atenas

 A Praga de Atenas manifestou-se, primeiro, na zona portuária de Atenas e, depois, espalhou-se pelo restante da cidade, segundo relato de Tucídides, autor mais importante sobre essa praga. A doença atuou em Atenas entre 430-429 a.C., perdeu força em 428 a.C. e recuperou-se a partir do ano seguinte, isto é, 427 a.C.

Existem inúmeras teorias a respeito de qual doença teria afetado a cidade grega, e estudiosos apontam como possibilidades a varíola, o sarampo, o tifo e até a peste bubônica. Estudos recentes conduzidos com ossadas encontradas em uma vala comum sugerem que a Praga de Atenas, provavelmente, era febre tifoide e que ela pode ter sido responsável pela morte de até 35% da população local.

Peste Antonina

A Peste Antonina foi um surto de varíola que se espalhou pelo Império Romano a partir de 165. Esse surto iniciou-se nas tropas romanas que estavam baseadas na Pártia, uma região da Mesopotâmia. Tais tropas estavam instaladas lá por conta do longo histórico de guerra dos romanos contra os partas.


Quando a doença alastrou-se por Caffa, os genoveses fugiram e levaram-na consigo para locais como Constantinopla, Marselha e Gênova. Por esses focos, toda a Europa foi infectada pela peste bubônica, uma doença causada pela bactéria Yersinia pestisencontrada em ratos. A doença é transmitida para os humanos por meio das pulgas presentes nesses animais.

Quando um ser humano é contaminado, a peste por ser transmitida por via respiratória, e, por isso, ela se disseminou tanto pela Europa. Cidades foram esvaziadas, e alguns governos locais deixaram de existir devido à grande quantidade de mortos. A doença recebeu esse nome por causa dos bubões que surgiam no corpo dos doentes.

Os surtos de peste bubônica seguiram-se ao longo do século XIV e percorreram o continente europeu até a Praga de Marselha, em 1720. No caso da Peste Negra, entre 1347 e 1353, fala-se que a quantidade de mortos pode ter chegado a 50 milhões, fazendo com que entre metade e 2/3 da população europeia tenha morrido. 

Gripe Espanhola

A Gripe Espanhola foi uma pandemia que aconteceu, por conta de uma mutação do vírus Influenza, entre 1918 e 1919. Os historiadores não sabem o local exato do surgimento dessa doença, e as principais teorias falam que ela surgiu na China ou nos Estados Unidos. Independentemente disso, sabemos que os primeiros casos registraram-se nos Estados Unidos.


A disseminação da Gripe Espanhola tem relação com a Primeira Guerra Mundial, pois o conflito facilitou que o vírus se espalhasse pelo mundo pela grande quantidade de soldados deslocados em diferentes lugares. A doença chegou à Europa e teve impacto na frente de guerra, mas os países que participavam do conflito ocultaram o impacto da doença para não interferir no moral dos combatentes.

Aqui no Brasil o número de mortos confirmados pela gripe espanhola foi de 35 mil pessoas, e os Estados Unidos, um dos prováveis locais de surgimento da doença, registraram cerca de 675 mil mortos. Ao todo, morreram, pelo menos, 50 milhões de pessoas no mundo, das quais, cerca de 20 milhões estavam na Índia|3|

Aids

A partir de 1981, começaram a registrar-se nos Estados Unidos um aumento significativo de pessoas que morreram por doenças consideradas raras. Além disso, os casos de mortes por pneumonia e câncer em homens tidos como saudáveis também aumentaram. O acompanhamento médico feito desses casos demonstrou que o sistema imunológico dos pacientes havia entrado em colapso.


A aids foi considerada uma pandemia por conta da escala de sua propagação, não só nos Estados Unidos, mas no mundo todo. Só na década de 1980, foram identificados nesse país cerca de 160 mil casos, entre 1981 e 1990, e, só em 1995, cerca de 50 mil pessoas morreram lá por conta dela|4|. Até o final de 2018, quase 75 milhões de pessoas haviam sido contaminadas com aids, e cerca de 32 milhões faleceram vítimas dessa doença em todo o planeta|5|.

primeiro caso de aids no Brasil foi registrado em São Paulo, em 1982, e, até então, 900 mil brasileiros foram infectados. Acredita-se que a aids tenha surgido na África e espalhando-se pelo mundo a partir da década de 1970, principalmente por meio da transfusão sanguínea. Atualmente existe um tratamento que controla a quantidade de vírus no corpo do paciente.

Algumas das mais conhecidas vítimas da aids foram o cantor Freddie Mercury, vocalista da banda Queen, e Michel Foucault, um filósofo francês. Aqui no Brasil, Cazuza e Renato Russo são dois casos de famosos que faleceram em consequência da doença. 

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