sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Método inédito faz paciente se curar do diabetes tipo 1

Por meio do transplante de células produtoras de insulina, os médicos americanos criaram uma forma inovadora para que essas estruturas consigam sobreviver no organismo receptor e passem a trabalhar naturalmente.

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Um tratamento inovador para diabetes tipo 1 indica uma luz no fim do túnel para milhões de pessoas que sofrem com a doença no Brasil e no mundo. Médicos da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, usaram uma nova técnica para transplantar células produtoras de insulina. A diferença em relação aos procedimentos anteriores está na localização das células injetadas. Antes elas eram inseridas no fígado, mas não sobreviviam por muito tempo. Desta vez, elas foram envoltas por uma estrutura em gel, que as mantém presas ao omento (uma espécie de forro do abdôme) até que sejam irrigadas por vasos sanguíneos e passem a trabalhar de forma natural, produzindo insulina.

Com isso, a paciente americana não precisou mais usar as tradicionais injeções de insulina. Porém, ela passou a tomar remédios contra rejeição, para impedir que o sistema imunológico do corpo ataque as células "invasoras". A equipe médica responsável pelo procedimento espera realizar entre 20 e 30 cirurgias desse tipo ao longo do próximo ano. Por enquanto, os especialistas ainda aguardam um resultado mais preciso do primeiro transplante. No futuro, esperam também que não seja mais necessário o uso de medicação contra a rejeição.

Segundo o médico Paulo Augusto Carvalho, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia de Minas Gerais, o transplante de ilhotas pancreáticas (conjunto de células produtoras de insulina) já tem sido realizado no Brasil, inclusive em Minas Gerais. "Pode ser uma perspectiva futura, desde que se consiga reduzir o índice de rejeição, que é o grande problema dessa cirurgia", destaca o especialista.

Além disso, o endocrinologista afirma que não existe uma vasta metodologia que possibilite realizar o procedimento em larga escala. Outro empecilho, segundo ele, é a dificuldade de coletar as células doadoras e os riscos de infecções hospitalares durante o procedimento. "Ainda não é feito em grande escala, mas é uma boa alternativa para o futuro. Saber que médicos já obtiveram sucesso nos Estados Unidos é um bom sinal", completa Paulo Augusto.

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