quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Personal bronze usa fita isolante para uma marquinha perfeita

A folhinha do calendário acaba de sinalizar a chegada do verão, e, para muitas belo-horizontinas, a falta de mar não é desculpa para não ficar com aquela marquinha de sol. Nessa busca pela pele bronzeada, a última febre entre a mulherada é substituir o biquíni pela fita isolante para garantir uma perfeita “marca da estação”.
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A “técnica” deu tão certo que a moda pegou e já virou até profissão, conforme conta a esteticista corporal e personal bronze Adriana Alves Muniz. Natural de Brasília, Drica Muniz, como é conhecida, conta que trabalha com bronzeamento há 12 anos e que essa moda começou em Goiás, onde ela fez um curso específico para aplicar o “biquíni” com a fita autocolante. Outros lugares também utilizam esparadrapo e fita crepe.

No Rio de Janeiro, a empresária Erika Martins também ficou conhecida por oferecer o serviço em sua laje e receber celebridades como a funkeira Tati Quebra-Barraco. Em Belo Horizonte, há três anos, todos os dias, a partir das 7h30, Drica recebe até 20 clientes no quintal de sua casa para fazer o bronzeamento natural.

A primeira etapa do procedimento é conhecer a tonalidade de pele da cliente. “Em seguida, eu monto o biquíni em cinco minutos, do tamanho que a cliente desejar. Depois, eu a levo para deitar na maca exposta ao sol e lá eu aplico o protetor solar com fator de proteção 50, principalmente na área facial. Além disso, colocamos uma toalha ou chapéu, para elas não pegarem sol na área do rosto”, explica.

Na área corporal, no entanto, a esteticista aplica ainda alguns produtos para acelerar o bronzeamento. Nas clientes de pele clara são usados produtos à base de parafina, óleos, manteiga de pêssego e licopeno (substância responsável pela cor vermelha dos alimentos, como tomate). Para as de pele morena, os produtos contêm óleos de argan, açaí, buriti, beterraba, cenoura, urucum, babaçu e parafina de chocolate com amêndoas.

Cada cliente fica, então, com cada lado do corpo exposto ao sol de 30 a 50 minutos, de acordo com a tonalidade da pele. Elas também recebem um jato d’água para refrescar e bebem água.

“Não deixo que elas façam o bronzeamento em jejum. Além disso, durante a sessão também faço o banho de lua para descolorir os pelos. Ao final, elas passam pela ducha para retirar o excesso de produto e o biquíni descartável, e, depois, fazemos uma hidratação corporal”, conta Drica. O procedimento total custa R$ 100.

Uma das adeptas do biquíni caseiro há mais de dois anos é a vendedora Cristhiane Souza, 29. “Antes, eu ia para o clube, ficava lá ‘torrando’ o dia inteiro, saía toda vermelha e não ficava com a marca boa. Com a Drica, eu vou uma vez por mês, chego por volta de 9h da manhã e, ao meio-dia, eu já estou bronzeada, com a marquinha certinha e sem ficar ardendo”, afirma.

Médicas alertam para o câncer de pele

O maior risco desse tipo de bronzeamento natural, segundo a dermatologista Michelle Diniz, é a exposição ao sol de maneira intencional e sem proteção total. A especialista explica que a cor adquirida, na verdade, nada mais é do que um sinal de que a pele sofreu uma agressão.

“O bronzeado é a pele tentando proteger as células da radiação ultravioleta, e o aumento da produção de melanina tenta preservar o DNA, evitando o surgimento de células cancerígenas”, explica.

A exposição por curtos períodos, em horários de menor incidência de raios solares, pode levar a um bronzeamento mais saudável e natural, assim como os cremes autobronzeadores.

A recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é que a exposição ao sol seja restrita ao horário de antes das 10h e após as 16h, conforme ressalta a médica dermatologista Luiza Ottoni. Ela destaca ainda a campanha da SBD, Dezembro Laranja, que serve de alerta para os riscos do câncer de pele.

A especialista também explica que o uso da fita isolante no bronzeamento não oferece risco tóxico, mas, como o utensílio não foi feito para ser colado no corpo, é preciso precaução para que a cola não cause nenhum tipo de alergia.

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