quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Policiais e bombeiros desistem de greve após dia de protesto

O risco de greve das polícias Civil e Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros, às vésperas do Natal, está eliminado em Minas Gerais. Por volta das 16h dessa terça-feira (20), depois de um dia de manifestação de ao menos 15 mil servidores em Belo Horizonte, todos retomaram a rotina com sentimento de vitória. O Projeto de Lei Complementar (PLP) 257, que trata da renegociação da dívida dos Estados, foi aprovado na Câmara dos Deputados, em Brasília, do jeito que as categorias queriam: sem as condicionantes que representavam cortes de benefícios para trabalhadores do setor público.
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Porém, até o desfecho da votação, os serviços à população foram impactados. Segundo o presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra), sargento Marco Antônio Bahia, cerca de 2.000 a 3.000 militares teriam paralisado as atividades na manhã dessa terça-feira (20) no Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) e nos 39º e 41º batalhões. Os comandos das três corporações negaram qualquer prejuízo no atendimento.

Pela manhã, o comandante da PM em Minas, coronel Marco Antônio Bianchini, chamou a imprensa para dizer que não houve nem haveria paralisação das atividades. Ele disse que, logo cedo, recebeu a informação de Brasília, do deputado federal e subtenente Luiz Gonzaga Oliveira, do que o texto do PLP havia sido alterado.

A mensagem foi repassada para todos os batalhões e companhias, mas, mesmo assim, houve um atraso no início dos trabalhos, conforme confirmou à tarde o chefe da sala de imprensa da PM, capitão Flávio Santiago: “Houve uma falha de comunicação pela manhã, mas tudo funcionou normalmente. Os militares trabalharam e trabalharam muito”.

O vice-presidente da Associação Nacional de Praças (Anaspra), Heder Martins Oliveira, disse que o retardamento dos serviços ocorreu entre 8h e 8h30. Entre os cerca de 15 mil manifestantes que se concentraram na Assembleia Legislativa e na praça da Liberdade, na região Centro-Sul, durante cerca de cinco horas, estariam apenas policiais de folga ou da reserva, entre eles alguns fardados.

Porém, conforme o sargento Bahia, mesmo após o retorno das atividades no início da tarde, os militares estavam em uma espécie de “operação tartaruga”. “Cerca de mil ocorrências deixaram de ser atendidas”, disse. Após vitória na Câmara, a orientação, segundo Bahia, era que todos voltassem às atividades. “Mostramos nossa força diante dessa injustiça. Os servidores não têm que pagar por má administração do governo”, disse.

  Segundo a Anaspra, policiais militares se mobilizaram contra o PLP 257 em outros Estados, mas o movimento teve força maior em Minas. Além da capital, houve manifesto também em Montes Claros, no Norte.

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