segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Fluxo de estrangeiros nas Olimpíadas pode trazer doenças ao país

Poliomielite e sarampo estão entre as maiores preocupações dos médicos

As Olimpíadas ainda nem começaram, mas já estão trazendo milhares de turistas de todo o mundo para o Brasil. Junto com eles, chega também uma preocupação: a de que esses estrangeiros acabem trazendo consigo vírus e bactérias que não têm circulação no país.

Algumas doenças que já estão erradicadas no Brasil podem voltar a circular com a chegada dos vírus estrangeiros. A poliomielite, causadora da paralisia infantil, é uma delas. A doença já foi erradicada há mais de 25 anos, mas o vírus pode voltar a aparecer por aqui, pois ainda está ativo no Afeganistão e no Paquistão.
Outro exemplo é o sarampo. Neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o Brasil está com a doença controlada. Isso significa que não há circulação endêmica do vírus por aqui. Mas ele ainda é frequente nos Estados Unidos e em países europeus.
Os médicos também se preocupam com a prevalência de gripe no país durante as semanas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. “No inverno, a aglomeração de pessoas em locais fechados, como ginásios, bares e restaurantes, pode favorecer a transmissão da gripe”, lembra o infectologista Jessé Alves, chefe do Núcleo de Medicina de Viajantes do Instituto Emílio Ribas e membro da Sociedade Brasileira de Medicina de Viagem.
Se não tratada corretamente, a gripe pode evoluir para uma pneumonia, infecção que pode, inclusive, levar à morte.
Todas essas doenças são possíveis de prevenir por vacinas que estão no calendário do Ministério da Saúde. Por isso, manter o cartão de vacinação atualizado é tão importante.
Além disso, alguns hábitos evitam o contágio por alguns desses vírus e bactérias. “Os brasileiros devem tentar evitar aglomerações em locais fechados e estar atentos a sintomas que ocorram, como febre e mal-estar, para procurar logo um médico”, orienta a professora Marise Oliveira Fonseca, especialista em medicina do viajante. Lavar as mãos com regularidade e evitar o contato direto das mãos com nariz e boca também são boas medidas.
Os turistas estrangeiros também precisam se cuidar. “Evitar alimentos crus, estar com o cartão vacinal em dia, se hidratar bem e prestar atenção ao uso de repelente”, alerta a médica. Mesmo com a diminuição da circulação dos vírus de zika, dengue e chikungunya, as doenças ainda estão ativas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário