O esquema funciona assim: o atendente diz que uma determinada quantia já estaria disponível para o aposentado (como se fosse um valor atrasado devido pelo INSS). Trata-se, porém, de uma oferta disfarçada de empréstimo consignado, cujas prestações serão descontadas automaticamente do benefício. Desavisados, muitos concordam com a transação, sem perceberem a irregularidade. O atendente chega a informar ao segurado o valor de sua renda mensal, que ele ainda nem sabe qual será.
Em contato com uma dessas centrais, retornando uma ligação recebida por um aposentado. O atendente confirmou que a aposentadoria de R$ 1.063 havia liberada pelo INSS em 27 de julho. E confirmou que, para o benefício (citando o número), havia um valor a receber de R$ 10.542.
Questionado sobre como teria conseguido os dados do segurado, o funcionário disse haver uma parceria entre o INSS e todos os bancos do país. Assim, sempre que uma aposentadoria ou pensão é liberada, o órgão repassa os dados para que ofereçam empréstimos. Procurado, o INSS afirmou que os dados dos segurados são mantidos em sigilo e que, em nenhuma hipótese, fornece qualquer informação pessoal a terceiros, sejam instituições financeiras ou entidades representativas de classe.
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